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quarta-feira, junho 4

eu amei esse texto, tirado daqui etopia

O underground foi formado por pessoas que tiveram, em graus maiores ou menores, consciência da escuridão da superfície. Idade das trevas. Somos servos do capital global. A luz deve ser achada nos subterrâneos. Mas as pessoas estão congeladas demais. Elas não percebem que são escravas. Drogas podem ajudar a fazer com que as pessoas percebam. Pode ser útil, mas é perigoso usar drogas. Muito perigoso. As drogas são inimigas mortais do sistema pois se todos tomarem ecstasy, fumarem maconha, LSD ou etc - provavelmente passarão a perceber mais aspectos sobre si mesmas e sobre o mundo e iriam começar a questionar demais. A única droga que não vai fazer com que você questione nada é a cocaína. Não sei porque ainda não legalizaram a cocaína.
O sistema morre de medo que as pessoas questionem. Por isso drogas são demonizadas pela mídia. Mostram imagens de pessoas que não deram conta de lidar com a nova percepção que tiveram através das drogas. Pessoas fracas que quando se dão conta da realidade como ela realmente é querem fugir dela. E acabam fugindo de si mesmas...


Entre uma baixa e outra, continua a guerra para expandir a percepção das pessoas através da música e da arte: embaixo do solo (underground). Alguns começam em túneis e vão cavando, cavando até chegarem na superfície. Estes conseguem levar luz verdadeira para superfície e isso é lindo, pois o sistema sofre muitas baixas. Outra vezes é o sistema que escuta os ecos que sobem pelas frestas e entende que pode lucrar com isso: mandam seus enviados oferecer contratos e propostas apetitosas para nossos ainda guerreiros. Muitos se vendem, e viram então fabricantes profissionais de simulações e simulacras.
A confusão é geral. Divisões começam a acontecer. Discórdia entre famílias musicais e artísticas, que burramente diminuem umas às outras ao invés de somarem umas às outras em união...


Os Radicais
punks/roqueiros: "nós, nós e nós somente somos o underground"
hip-hoppers: "underground = periferia = bandidagem"


Os Maniqueístas
tranceiros: "trance é do bem, techno é do mal"
tecneiros: "techno é chique, trance é brega"


Os Nem Aí
reggae-nights: "só."
DnB: "fala aí, mano"
houseiros: "bem, cala a boca e escuta esse soooooom...."
chill-ohms: (silêncio)


No meio de toda esta bagunça, é difícil enxergar que todas as subculturas, apesar de suas diferenças, representam alternativas ao sistema. Cada subcultura é uma veia marginal do sistema, um rio que corre paralelo a ele, e todas tem em comum a busca pela autenticidade. Em um mundo hiperreal, a autenticidade se transforma em medida de valor. Ser autêntico é ser você. Quem é você?