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sábado, junho 28


26/6/03
O rap da expectativa
Nem bem chegou inverno já estou pensando no verão


Ai,ai,ai... ando me permitindo novamente criar expectativas. Sei que me propus esse ano a fazer exatamente o contrário, mas a vida fica meio sem graça se você não se render às emoções.

O que fazer quando você conhece uma pessoa bacana, fica a fim, é correspondido, rola aquela enerrrgia e, pra completar, o sexo é bom? “Se joga” diz meu coração bobinho. Claro que minha razão me diz “vai com calma”. Estou fazendo o que posso, mantendo a linha cool. Tentando segurar o meio termo, mostrar interesse sem parecer totalmente entregue. Ouvi o que queria ouvir, dei pulos de alegria por dentro, mas não fui totalmente entusiasta na resposta. Nem foi para fazer tipo. (ô meu deus, agora é que eu me entrego de bandeja, assado com uma maçã na boca)

Fico só com receio de me oferecer mais uma vez e tomar um tombo. Com o tempo, as decepções acabam criando uma couraça que serve para nos proteger. Só que ela também limita os movimentos.

Ainda não me sinto totalmente confortável para assumir uma relação. É cedo, segundo meu manual de regras. No entanto já me pego fazendo planos, imaginando o verão quando o inverno mal chegou.

Após um casamento de anos, fiquei muito, muito tempo num enrosco que parecia sem fim. Enquanto isso, saindo com muita gente, achando que nunca mais ia me envolver com ninguém. Depois com uma pessoa incrível, mas distante milhares de quilômetros. Acho que existe um limite físico para que relações vinguem: ter a possibilidade de pegar o carro e, em uma sentada (no máximo uma parada num Graal da vida) encontrar o outro. Sem ter que dormir no meio do caminho, porque a vontade pode passar. E mesmo assim durante um tempo limitado. Existem exceções, é claro. Amores cármicos, de pica, os que têm preguiça de procurar ou aqueles com medo de encontrar alguém mais próximo que possa mudar seus cotidianos milimetricamente estabelecidos.

Criar expectativas pelo relacionamento gera um sofrimento antecipado pelo seu fim. Aquele frio na barriga diante da possibilidade que os castelos construídos em pensamento desabem com o primeiro sopro. E o que não falta é gente soprando.

O ideal seria desfrutar apenas o dia a dia, aquela sensação gostosa de ter alguém jogando no mesmo time (o da gente).


Será que alguém consegue ser tão zen assim? E quem é tão zen, será que consegue se apaixonar?





copiado do www.mixbrasil.com.br blog do andre